1.17.2005
1.16.2005
spelling love letters
spelling love letters
siwmm entire seas
reverse sleep in the dawn of my eyes
i dream of the day i'll fly in your skys
stars intersect as i hope for this
draw a leaves path in shapes of blue
close your eyes and i'll be with you
para a Rita
siwmm entire seas
reverse sleep in the dawn of my eyes
i dream of the day i'll fly in your skys
stars intersect as i hope for this
draw a leaves path in shapes of blue
close your eyes and i'll be with you
para a Rita
visão de lord henry
"Meu caro rapaz, começa realmente a moralizar. Em breve se tornará como o convertido e o pregador, que advertem o povo contra todos os pecados de que já estão saturados. Você é demasiado agradável para o fazer. Além disso é inútil. nós ambos somos e seremos o que havemos de ser. E quanto a ser envenenado por um livro, isso é coisa que não existe. A arte não tem qualquer influência sobre a acção. A arte aniquila o desejo de agir. É soberbamente estéril. Os livros que o mundo considera imorais são aqueles que que lhe põem diante dos olhos as suas próprias vergonhas. Só isso. Mas não vamos discutir literatura. Apareça amanhã."
Lord Henry para Dorian Gray in "O Retrato de Dorian Gray" Oscar Wilde
Lord Henry para Dorian Gray in "O Retrato de Dorian Gray" Oscar Wilde
11.19.2004
. . . durmo irrequieto. . .
. . . durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
definidamente pelo indefenido. . .
de quem dorme irrequieto, metade a sonhar
fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias
correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua
não há na travessa achada o número da porta que me deram
acordei para a mesma vida para que tinha adormecido
até os meus exércitos sonhados, sofreram derrota
até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados
até a vida só desejada me farta - até essa vida. . .
compreendo a intervalos disconexos
escrevo por lapsos de cansaço
e um tédio que é até do tédio, arroja-me à praia
não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme
não sei que ilhas do sul impossíveis aguardam-me náufrago
ou que palmarés de literatura me darão ao menos um verso. . .
Fernando Pessoa (obras completas, II volume, 1926)
definidamente pelo indefenido. . .
de quem dorme irrequieto, metade a sonhar
fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias
correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua
não há na travessa achada o número da porta que me deram
acordei para a mesma vida para que tinha adormecido
até os meus exércitos sonhados, sofreram derrota
até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados
até a vida só desejada me farta - até essa vida. . .
compreendo a intervalos disconexos
escrevo por lapsos de cansaço
e um tédio que é até do tédio, arroja-me à praia
não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme
não sei que ilhas do sul impossíveis aguardam-me náufrago
ou que palmarés de literatura me darão ao menos um verso. . .
Fernando Pessoa (obras completas, II volume, 1926)